A Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) divulgou o Inventário de Áreas Contaminadas 2024, uma ferramenta essencial para o gerenciamento ambiental em Minas Gerais. Este documento detalha locais com presença de substâncias em níveis que podem comprometer a saúde pública e o meio ambiente, servindo como base para ações de fiscalização, remediação e políticas públicas.
A atualização contínua reflete o compromisso da FEAM em acompanhar as mudanças no cenário ambiental do estado.
Os contaminantes mais frequentes continuam sendo os hidrocarbonetos aromáticos (BTEX) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), derivados de combustíveis e petróleo. Além disso, metais e semimetais, frequentemente associados à disposição inadequada de resíduos industriais e atividades minerárias, representam 26% dos casos registrados.
De acordo com a FEAM, o inventário de 2024 registrou 762 áreas contaminadas e reabilitadas, distribuídas por 195 municípios de Minas Gerais. As regiões mais afetadas incluem Belo Horizonte e Betim, que juntas concentram 35% dos casos, além da bacia hidrográfica do Rio das Velhas, que abriga 38% das áreas contaminadas.
Esses dados destacam os setores críticos e reforçam a necessidade de ações específicas para conter os impactos.
Apesar dos desafios, o inventário destacou importantes avanços, como a reabilitação de 17 áreas em 2024, totalizando 192 áreas recuperadas. Um exemplo notável foi a remediação de uma área contaminada por mercúrio em Serra da Grama, no município de Descoberto, em parceria com a Seinfra. Essa ação envolveu a remoção do solo contaminado e sua destinação adequada, culminando na reclassificação da área como reabilitada.
Rodrigo Franco, CEO da FEAM, destacou que os resultados do inventário não apenas refletem os esforços já realizados, mas também orientam as estratégias futuras para ampliar a reabilitação de áreas contaminadas além de servir como fonte de informação para a população sobre o processo de gerenciamento de áreas contaminadas e reabilitadas em Minas Gerais. Segundo Franco, o documento é uma ferramenta essencial para o planejamento de políticas públicas e para aumentar a transparência no gerenciamento ambiental.
O Inventário de Áreas Contaminadas 2024 da FEPAM não apenas identifica os principais desafios, mas também reafirma sua relevância como uma ferramenta de gestão ambiental e planejamento estratégico. No entanto, o aumento contínuo dos casos registrados reforça a necessidade de investimentos em fiscalização, e aponta para a urgência de ampliar a cobertura das ações de remediação em áreas menos exploradas.
Investir em tecnologias para acelerar o processo de identificação e priorizar políticas públicas voltadas à recuperação ambiental são passos fundamentais para mitigar os impactos da contaminação e proteger as futuras gerações.
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